segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Mensagens de Natal

No Brasil, com esse calorão, Papai Noel deveria ser surfista. Bronzeado, cheio de gírias. Botinhas e roupa de veludo vermelho? Nem pensar... Bermuda, regata e Havaianas.
Rena e Lapônia? Nordeste e jegue!
O Papai Noel jogaria uma pelada e tomaria uma cervejinha!
Desembarcaria de uma pipa.
Na ceia, comeria um tutu de feijão e beberia chimarrão. Talvez pediria um churrasquinho ou uma caipirinha.
Na despedida, depois de distribuir os presentes, daria um tapinha cordial nas costas da meninada e rumaria para uma roda de samba.

Feliz Natal a todas as pessoas!
Que a renovação da paz e da esperança prevaleça na mente e nas ações!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Além do Cidadão Kane

Num claro diálogo com "Cidadão Kane" (EUA, 1941 - dir. Orson Welles), o Channel 4 britânico realizou em 1993 um documentário mostrando o surgimento e ascenção da rede Globo, como um dos maiores conglomerados em comunicação no mundo.

Com uma tônica analítica, o documentário mostra alguns dos principais elementos da programação desta TV, além de mostrar e questionar muitos dos métodos empregados pela rede.


Recentemente, a rede Record do bispo Macedo comprou os direitos de exibição da peça no Brasil, reflexo este da atual guerra por sucesso entre estas redes. Uma pena não haver ainda uma "versão atualizada" deste documentário.



terça-feira, 17 de novembro de 2009

MOSTRA LUTA! de 21 a 28 de Novembro, no MIS, Campinas


HTTP://MOSTRALUTA.ORG/

PROGRAMAÇÃO GERAL

Após dois meses de seleção dos vídeos inscritos, eis que temos nossa programação! Foram 47 filmes enviados, de diversas partes do Brasil, de norte a sul do país. Para a seleção, levamos em consideração a diversidade de lutas sociais: a luta pela terra, por moradia, das comunidades quilombolas, do movimento negro e sindical, das mulheres, pela diversidade sexual, pelo direito à comunicação, a luta anti-manicomial, contra as opressões e as desigualdades sociais, a luta anti-capitalista. O que lamentamos é não termos todo o tempo que gostaríamos para incluir mais filmes, por isso, caso o seu filme não esteja na programação, ele será incluído nos acervos do Museu da Imagem e do Som (MIS) de Campinas e do Coletivo de Comunicadores Populares, podendo ser exibido em outras mostras lutas itinerantes.

21/11
sábado
22/11
domingo
23/11
segunda
24/11
terça
16h às 18h30Mesa de AberturaSessão 1Sessão 9Mesa: Panorama Fotografia e Cinema de Luta
19h30Sessão de AberturaVídeos convidadosSessão 2Sessão 3

25/11
quarta
26/11
quinta
27/11
sexta
28/11
sábado
16h às 18h30Sessão 3Mesa: A criminalizacao dos movimentos sociais pela midia e a construção de mídias popularesMesa: A luta pela comunicacao no BrasilSessão 7
19h30Sessão 4Sessão 5Sessão 6Sessão 8

SESSÂO DE ABERTURA

Linha de montagem (90 min) - O movimento sindical de São Bernardo do Campo entre 1978 e 81, quando se produziram as maiores greves, desafiando a repressão do final da ditadura militar. Debate com a presença do diretor do filme, Renato Tapajós.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

RTV Unicamp: Programa Especial Rondon Eirunepé

A TV Unicamp, ao longo deste ano, vem realizando uma série de programas sobre as operações do Projeto Rondon vivenciadas por docentes e alunos desta universidade.

O programa é um espaço para os participantes relatarem essa experiência e as impressões pessoais adquiridas face ao contato com uma realidade sócio-econômica e cultural diferente daquela que eles estão acostumados a vivenciar cotidianamente.

Neste programa, a equipe composta por jornalistas, estudantes e professores da Faculdade de Ciências Médicas e do Instituto de Geociências, fala sobre a experiência vivenciada no município de Eirunepé-AM no início de 2006. Para assistir, clique aqui*.


*É necessário ter o software Real Player instalado em seu computador.

sábado, 31 de outubro de 2009

Clipe difícil de fazer...

Jack Johnson teve este clipe extremanete original, reverso, de Sitting Waiting Wishing.
Imagine ter de fazer tudo ao reverso, em especial, cantar ao reverso...

Aqui vai a versão original:



E aqui a invertida, mostrando os movimentos com mais naturalidade, mas ao mesmo tempo o enorme trabalho em fazer tudo sair perfeito:

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Não vou chutar o balde!

Tenho um compromisso com a minha assiduidade neste blog: se não escrevo, me sinto culpada (:P). Culpada por (acreditar) não ter tempo para isso.
Para fingir que estou mantendo o meu compromisso, escrevo bobagens, - palavras de "desabafo" que, possivelmente, não interessam às outras pessoas, justamente por serem desabafos meus e de mais ninguém... rsrsrs

Então lá vai... :P


Hoje estou com vontade de chutar o balde!
Está chovendo, estou a fim de ir pra casa mas estou na aula, estou morrendo de sono mas sou obrigada a ficar acordada, quero beber
cappucino mas tenho dor de estômago... bateu uma canseirinha e o corpo todo dói...
Mas por que não chuto o balde?
Afinal, nem tudo está perdido, rsrsrsrs
É melhor sentir tudo isso e estar satisfeita com o trabalho árduo realizado a me contentar em viver uma vida rasa :P
Meu lema para hoje: coração alegre + fé + trabalho

Beijos

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Programa "Registro Geral" - Expedição Cordilheira Branca 2009

Olá!
Esta postagem é para divulgar mais um programa da Rádio e TV Unicamp no qual eu trabalhei na produção.
É um "Registro Geral - Expedição Cordilheira Branca 2009" sobre dois brasileiros que se aventuraram nas cordilheiras peruanas, em julho deste ano.

Vale a pena conferir as imagens...
Para assistir ao vídeo, basta clicar aqui
(OBS: É necessário ter o Real Player)

sábado, 29 de agosto de 2009

Tipologia da Solidão (Pelo menos para mim)

Piccola stella senza cielo” (Luciano Liagbue).

“Sou um rouxinol preso em terra estrangeira e tu és minha gaiola dourada” (Filme “A Cor da Romã”, 1968).

Gosto dessas sentenças. Elas são tipos de solidão.

A primeira constitui-se em uma solidão completa: representa o desamparo, no qual parece não existir a possibilidade de se encontrar um lar ou algo que torne a solidão um tanto menos entristecedora. Já a segunda sugere que há momentos em que, mesmo na solidão, ainda há esperança: no meio do turbilhão – a terra estrangeira – existe ainda a permanência de algo na lembrança – a gaiola dourada – capaz de embelezar a visão e tornar o contexto ao redor menos opressor. Isso me remete a um soldado, em campo de batalha, admirando a fotografia de sua amada.

Gosto também de “But I still haven't found what I'm looking for” (U2) ou “You can go all around the world, trying to find something to do with your life, baby” (Cry Baby, Janis Joplin): são representações de uma solidão misturada à certa inquietação: onde quer que se vá, o que quer que se faça, com quem quer que se esteja, não tem jeito, a solidão permanece e, embora se tente, não se conhece o porquê de tamanha inquietação. Pode ser resumida por meio da famosa pergunta: “O que é que estou fazendo aqui?”.

Existe a solidão camuflada Noi parliamo spesso si, ma è così, siamo soli” (Siamo Soli, Vasco Rossi). É aquela situação em que acontece a conversa entre as pessoas, porém não existe uma compreensão mútua ou uma verdadeira vontade de dialogar. Eu a resumiria da seguinte forma: “Caramba! Parece que estou falando com a parede!”.

Existe também a solidão provocada pela a ausência do ser amado, seja ela representada pelo período entre a despedida e o reencontro, seja ela devido ao fim de um relacionamento: “Diga que é pra ela voltar, que sem ela eu não faço nada bem” (Pra Ela Voltar, Nando Reis) ou “Se perdo te cosa farò? Io non so più restare sola, ti cercherò e piangerò come un bambino che ha paura”(Se perdo te, Patty Pravo), ou ainda, “Oh, if I could pray, and I try, dear, you might come back home, home to me” (Maybe, Janis Joplin). É uma solidão provocada por aquele que ao partir, levou consigo uma parte daquele que ficou.

Não importa a tipo da solidão; o remédio existe! Eu o chamaria de “All you need is love” (Beatles). Bem... Aí, eu poderia esquivar-me da “Tipologia da solidão” para me adentrar, então, na “Tipologia do amor”!

Eu, repórter!

De 20 a 24 de julho de 2009, aconteceu na Unicamp, o 17º Congresso de Leitura do Brasil [mais conhecido com 17º COLE].

Como estagiária na área de projetos da Rádio e TV Unicamp fiquei incubida de realizar a seguinte tarefa: fazer a cobertura das atividades culturais inseridas na programação do evento. Confesso que foi bem divertido! Eu e o Kleber - meu câmera, naquela ocasião - conseguimos registrar oficinas, exposições, etc... Ah! Algo bem interessante: entrevistamos o fundador do Museo Travesti del Peru, que registrou sua participação no COLE não só através de uma exposição de imagens do museu, mas também aproveitou a oportunidade para lançar o livro homônimo.

Bem, deixo aqui o link para compartilhar com vocês o programa Registro Geral - COLE - Atividades Culturais. (Para assistir, é necessário ter o Real Player instalado em seu computador)

Mas bem, não esperem me ver na TV, rsrs. Política interna e formato do programa Registro Geral: não é necessário mostrar a repórter. Mas tenho uma marca registrada: pinta no dedão da mão esquerda. Às vezes, dependendo do enquadramento que a câmera faz da minha mão segurando o mic, ela fica evidenciada.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Festival de Inverno de Vinhedo

A partir desta noite, em Vinhedo-SP, começa o primeiro Festival de Inverno desta cidade. O evento durará até domingo, 30/Agosto, e promete trazer atrações musicais variadas.

Dica: No sábado, Derico (Programa do JÔ) fará um workshop às 14h e uma apresentação musical, às 20h.

Programação:
(Fonte e maiores informações: Prefeitura de Vinhedo)

28/08/2009- Sexta-feira
Memorial do Imigrante

19h30 - Abertura
Grupo de Trompetes Triunfais
* clarinadas
20h - Orquestra Paulistana de Viola Caipira

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Como você enxerga o mundo?


Por que nunca fomos incentivados a pensar que o mundo pode ser enxergado desta forma?
Os Estados Unidos e a Europa necessariamente tem que estar situados ao norte do planisfério? E os países subdesenvolvidos, ao sul?

Untitled

Lembro-me que a última vez que postei aqui no blog foi dia 03/Agosto para compartilhar a minha angústia perante um acontecimento no meu meio familiar.
Desde de então, a correria do dia-a-dia tem me afastado dos meus hobbies: escrever aqui no blog, por exemplo. Por falar nisso, deveria não estar aqui agora, rsrs e sim, estar debruçada sobre as 100 páginas de textos recomendados pra a aula de amanhã, na disciplina História Econômica, Política e Social do Brasil. Mas, é exatamente por ter essa obrigação, que eu me rebelo e aqui me reencontro.

Semestre passado foi um período de transição. Em tempos como aquele, foi necessário botar freios, parar e refletir, para poder mudar o rumo de vários aspectos da minha vida: casa, graduação, trabalho, relacionamentos... Apesar da angústia trazida pelas incertezas, o tempo ocioso do qual eu pude desfrutar permitiu um acesso mais intenso ao modo de viver sem pressa, com menos alienação e muitos mais momentos apreciativos e valiosos pela reflexão proporcionada. Por algum tempo, pude viver sem ter que engolir os dias e noites, simplesmente.

É estranho o fato de que agora almejo que o dia tenha bem mais do que 24 horas. Não para dispor de tempo para apreciar as coisas boas e simples da vida: reencontrar os amigos queridos, ir à Casa do Lago, cozinhar, saborear um bom cappucino... Mas sim, para que eu possa realizar todas as minhas obrigações. Olha só que loucura: querer mais do que 24 horas significa querer mais tempo de trabalho, obrigações, preocupações...

PS: Desabafo...

Um pouco de memória musical - Scalla FM

Quando era pequeno, costumava acompanhar meu pai em seu escritório, no centro de Jundiaí, onde passava muitas tardes de sábados e domingos calculando suas estruturas de concreto. Naquele tempo computador ainda não era a maravilha de hoje, e o tempo voava longe.

Para isso, música era fundamental. Meu pai adorava escutar a Scalla FM. Esta emissora, que na época se localizava em São Paulo, hoje anda totalmente descaracterizada, pois não é mais uma emissora com conteúdo exclusivamente instrumental. Um histórico dessa queda está aqui.

Mesmo assim, eu me lembro bem da vinheta da Scalla. Passei anos tentando achar a música, mas nada. Uma vez tinha ouvido do Jô Soares que uma versão da música tinha sido feita pelos Swingle Singers. Assim, tinha adotado isso como verdade em autoria. Mas nessa madrugada achei a música real e original. De 1969 (ano de Woodstock e ainda nos calores efervescentes do maio de 68), o autor Saint-Preux criou o tema Concert pour une voix, acompanhado pela voz de Danielle Licari. Para quem quiser ouvir/relembrar, abaixo segue essa bela canção.


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Estrada

Estrada

"Ao longo daquela longínqua estrada
Percorrida por vocês, imigrantes.
No caminho difícil e vencido,
Oh! Quantas vezes até agora
Têm os ipês florescidos?"

Poema da Imperatriz Japonesa Michiko, na Cerimônia de Leitura de Poesia, no ano novo de 1998.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Brasil tentado pelo belicismo americano

Ontem fiquei um tanto pasmo quando vi essa reportagem do Willian Waack no Jornal da Globo. Será que o Brasil vai vender o pré-sal por conta de armamento?


domingo, 9 de agosto de 2009

Meio intelectual, meio de esquerda

Algum tempo atrás recebi um e-mail com a crônica abaixo, de autoria do Antonio Prata. O cara é fenomenal, e realmente bate na mesmice que existe em muitas rodas de universitários pelo Brasil afora...

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Bar ruim é lindo, bicho!
por Antonio Prata

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de cento e cinqüenta anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de cento e cinqüenta anos, mas tudo bem).

No bar ruim que ando freqüentando ultimamente o proletariado atende por Betão – é o garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas, acreditando resolver aí quinhentos anos de história.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar “amigos” do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura.

– Ô Betão, traz mais uma pra a gente – eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte dessa coisa linda que é o Brasil.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte dessa coisa linda que é o Brasil, por isso vamos a bares ruins, que têm mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gâteau e não tem frango à passarinho ou carne-de-sol com macaxeira, que são os pratos tradicionais da nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gâteau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, gostamos do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne-de-sol, uma lágrima imediatamente desponta em nossos olhos, meio de canto, meio escondida. Quando um de nós, meio intelectual, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectuais, meio de esquerda, freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim.

O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e, um belo dia, a gente chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e, principalmente, universitárias mais ou menos gostosas. Aí a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevette e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo.

Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantêm o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam cinqüenta por cento o preço de tudo. (Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato). Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se dão mal, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão Brasil, tão raiz.

Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda em nosso país. A cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelos Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gâteau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda que, como eu, por questões ideológicas, preferem frango à passarinho e carne-de-sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca, mas é como se diz lá no Nordeste, e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o Nordeste é muito mais autêntico que o Sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é bem mais assim Câmara Cascudo, saca?).

– Ô Betão, vê uma cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Epson Stylus C67 - Problema de troca de peças

Nessas férias, quando vim à Jundiaí a impressora que temos, uma Epson Stylus C67, estava indicando a troca de peças. Num bate-papo com quem já teve impressoras Epson descobri que essa mensagem era um indicativo de troca de um feltro da impressora.

Aí fui ver as soluções para o problema... Bom, havia desde o desbloqueio puro e simples da mensagem, ao conserto na autorizada. Preços desde 50 a 300 reais. Pra uma impressora dessa idade, um tanto salgado. Então resolvi eu mesmo consertar o problema, e aqui compartilho a solução com vocês.

1- Para resolver o problema é necessário inicialmente verificar se a impressora está com o feltro cheio de tinta. Portanto abra a impressora. Isso se dá com a remoção de dois parafusos Philips que estão na parte traseira da mesma. Fora isso, há 4 haletas que devem ser abertas COM CUIDADO usando uma chave de fenda. As mesmas estão indicadas com setas ( ^ ) na parte traseira, no meio da impressora (duas dessas) e duas na frente, mas que não são visíveis na carcaça, mas estão indicadas com as mesmas setas na parte inferior da frente da impressora. Levante a tampa com cuidado, e beleza.

2- O "Waste Ink Pad", ou seja, o feltro a ser trocado, se localiza embaixo da impressora, na parte traseira. Ele é encoberto pelo maquinário, mas é visível por trás. Olhe o estado que ele está. Caso esteja (como no meu caso) nem com a metade manchada de preto, mas sim todo branco, remonte a impressora com a tampa e siga com os passos. Caso esteja muito cheio, há de proceder para a lavagem do feltro, com a remoção de tudo que encobre o feltro para ter acesso ao mesmo. Infelizmente não pude lavar o da minha impressora, pois não consegui o service manual da C67, o que complica na desmontagem\re-montagem da mesma. Tem um cara na internet que fez isso com a C42. Então caso não esteja com o feltro muito cheio, siga.

3- Baixe esse programa, e instale.

4- Ao rodar, selecione sua impressora tanto em Installed Printers, quanto em Printer Model. Feche a janela.

5- Ao fechar, aparecerá um ícone do programa junto ao relógio do Windows. Dê um clique com o botão direito do mouse nele e selecione Protection Counter -> Reset Protection Counter.

6- Ao clicar, aparece uma janela perguntando se você substituiu o feltro. Selecione sim (yes), caso o feltro não esteja cheio, ou tenha lavado o mesmo (caso contrário é por sua conta e risco).

7- O contador deve ter sido zerado. Entre em Protection Counter -> Show Current Value. Ele deve ser 0. Caso isso não aconteça, repita o processo.

8- Com o contador em 0, desligue a impressora, e desconecte os cabos dela. Após um minuto religue-os e teste a impressora. A mensagem é para ter sumido.


A questão de zerar o contador sem lavar o feltro, ou mesmo substituir o mesmo, é um paliativo. Por isso se estiver cheio, é recomendável a troca\lavagem. O feltro serve para reter sobras de tinta quando a impressora limpa a cabeça de impressão. O caso é que a C67 desperdiça muita tinta, e ela não pode deixar isso afetar os componentes eletrônicos, por isso o feltro para recolher a tinta que sobra nas cabeças de impressão. Comparativamente com impressoras HP Deskjet, as Epson são notórias "beberronas", sendo esse o motivo de custarem muito menos que as HP. A margem de lucro segue nos cartuchos, e não na impressora. Muito mais interessante, visto que muitos cartuchos serão consumidos ao longo da vida da impressora.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Por um triz...

De repente, o branco-gelo frio do chão da cozinha foi substituído pelo vermelho-sangue quente da cabeça. Pude ver meu pai morrer...

... e ressuscitar...

Por alguns instantes nossos olhares ficaram equalizados em uma frequência que só nós dois pudemos conhecer: seus olhos estatelados se moveram em direção aos meus olhos, já estatelados... enquanto eu temia que a minha fotografia daquele momento de apreensão seria a última imagem que meu pai veria antes de partir, para sempre.

No hospital eu e ele passamos algum tempo conversando sobre a nossa impotência diante de alguns acontecimentos: como é desconfortável ver uma pessoa sadia ficar doente; a angústia trazida pela obrigação de aceitar o fato de não se ter o controle sobre aquilo que não pode ser controlado...

Meu pai dormiu em companhia de minha mãe. Eu fui para casa. Telefonei para o meu namorado e pedi para ele cuidar de si com carinho... (quando sou surpreendida por algum acontecimento grave e triste, fico apreensiva e passo a temer que o mal se alastre para a vida de todos os entes queridos).

Depois de uma noite especialmente não dormida, no sábado pela manhã voltei à cozinha e tentei imaginar um travesseiro grande e macio, capaz de amortecer a queda: tentativa de inventar uma versão mais confortável de uma cena que ainda me angustia, fragiliza e ecoa constantemente em minha memória.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Simonal e suas arte-manhas

Como ando muito ocupado coma viagem da Maíra, não tive muito tempo de parar, e no caso postar aqui. Mas bem, por isso, musiquinha.
Aqui vai, novamente, Wilson Simonal, e toda sua maestria em cantar e reger.


quinta-feira, 23 de julho de 2009

FEST ARUANDA

Enquanto andava pelos corredores do Instituto de Artes da Unicamp deparei-me com o painel de avisos.
Lá estava este banner:


Para maiores informações, acesse Fest Aruanda do Audiovisual Universitário Brasileiro

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Herbert de Perto - 2006(?)

É engraçado ver quando consultado o tag "Herbert de Perto", saem diversos comentários em sites de cinema, porém com mesmo conteúdo e sinopse. No Adoro Cinema : Através de uma série de conversas, o cantor e compositor Herbert Vianna relembra sua trajetória artística na banda Paralamas do Sucesso e o acidente de ultraleve sofrido em 2001, que matou sua esposa Lucy Vianna. Através dos médicos Paulo Niemeyer e Lúcia Willadino é narrada a incrível recuperação do cantor, que esteve à beira da morte.

Isso sucinta algumas coisas, tal como uma pequena avant-premiere onde o filme tenha sido pré-lançado, e apenas um indivíduo tenha assistido. Pois nunca os comentários foram tão sucintos, convergentes, e sem outros comentários de avaliação de usuários na internet.

Digo isso, pois ontem tive o prazer (afinal reiterei ontem a minha grande condição de fã dos Paralamas e seu trabalho) de assistir à estréia do "Herbert de Perto" no II Festival Paulínia de Cinema. Em som e imagens de alta qualidade, foi narrada uma estória particular, mesmo sendo Herbert Vianna uma pessoa pública, onde se tratam os primórdios da Família Vianna, o desenvolvimento de Herbert na música, o início da amizade com Bi Ribeiro, e por conseguinte a formação da banda, a Saída de Vital (que é não mais que citado no filme) e a entrada de João Barone na Bateria, entre outras minúcias.
Foi retratado, por motívos obvios, o evento do acidente com ultraleve no qual Herbert quase morre e perde a esposa. O processo de sua recuperação é contado também.

Isso tudo, porém, é constante nesses diversos sites de cinema, e o google é capaz de mostrar essa mesmice com melhor acurácia. O que não é citado lá, é que nesse filme é retratada grande parte da personalidade de Herbert. Seu amor pela música, a relação com a família (e esta com ele), o carinho da relação com os amigos, e por último, mas mais importante, o grande amor por Lucy (esposa) e seus filhos. É revelada, de forma natural, a sensibilidade dele, sempre permitindo conexões com as músicas que estava produzindo e o momento de sua vida. Isso enriquece tanto o filme, mas também, de maneira primorosa, a dedicação de Herbert Vianna, e também de Bi Ribeiro e João Barone em materializar esses sentimentos em música.

É inegável que nesse texto há tendência. Mas não sou jornalista para ficar pregando imparcialidades, e reitero que para mim, essa visão me soou linda pelo simples fato de confirmar a grande empatia que tinha pelos ideais pregados na música dos Paralamas e pelo Herbert. Mas também por ver que Bi e Barone são grandes companheiros, eliminando nessa banda o mito do front man e seguindo a tendência, elucidada pelo Gilberto Gil de um power trio, onde não só individualidades fazem a diferença, mas sim as singularidades. É um filme para se apreciar. Parabéns extensos a Roberto Berliner e Paulo Bronz, pois é um filme que dá gosto em assistir durante a hora em que se passa, e de se lembrar depois disso.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Frase do dia...

"O olho vê, a lembrança revê e a imaginação transvê". (Manoel de Barros)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

II Festival Paulínia de Cinema: Programação

Abaixo seguem informações sobre a programação do II Festival Paulínia de Cinema.
Informações complementares podem ser obtidas no site oficial do evento:
http://www.festivalpaulinia.com.br/festival/index.php

As exibições da seleção oficial acontecerão entre os dias 10 e 15 de julho, no Theatro Municipal de Paulínia, com entrada franca, conforme programação a seguir:

Quinta-Feira, 09 de julho (Evento fechado para convidados)
19h00- À Deriva, de Heitor Dhalia

Sexta-feira, 10 de julho
10h30- Apresentação para a Imprensa dos filmes;
14h00- Debate com o diretor e a equipe do filme À Deriva;
16h00- Mostra Paralela - A Mulher Invisível, de Claudio Torres;
18h00- Morte Corporation, curta regional de Leo Castillo;
18h15- Caro Francis, documentário longa-metragem de Nelson Hoineff;
20h00- Vida Vertiginosa, curta metragem de Luiz Carlos Lacerda;
20h15- O Contador de Histórias, longa de Luiz Villaça;


Sábado, 11 de julho
10h00- Debate com as Equipes dos Filmes;
15h00- Debate - Os Desafios da Produção Cinematográfica;
16h00- Mostra Paralela - Divã, de José Alvarenga Jr;
18h00- Prós e Contras, curta regional de Pedro Struchi;
18h15- Mamonas, o Doc, longa documentário de Cláudio Kahns;
20h00- Relicário, curta-metragem de Rafael Gomes;
20h15- Destino, longa de Moacir Goes


Domingo, 12 de julho
10h00- Debate com as Equipes dos Filmes;
15h00- Debate Novas Mídias;
16h00- Mostra Paralela - O Menino da Porteira;
18h00- Quem Será Katlyn?, curta regional de Caue Nunes;
18h15- Sentido à Flor da Pele, longa documentário de Evaldo Mocarzel;
20h00- Doce Amargo, curta-metragem de Rafael Primot;
20h15- Quanto Dura o Amor?, longa de Roberto Moreira


Segunda-feira, 13 de julho
10h00- Debate com as Equipes dos Filmes;
15h00- Debate - Animação: Da Idéia à Realização;
16h00- Mostra Paralela - Linha de Passe;
18h00- Spectaculum, curta regional de Juliano Luccas;
18h15- Moscou, longa documentário de Eduardo Coutinho;
20h00- Milímetros, curta-metragem de Érico Rassi;
20h15- No Meu Lugar, longa de Eduardo Valente


Terça-feira, 14 de julho
10h00- Debate com as Equipes dos Filmes;
15h00- Debate - Mecanismos de Financiamento;
16h00- Mostra Paralela - Ensaio Sobre a Cegueira;
18h00- A Máquina do Tempo, curta regional de Marcos Craveiro;
18h15- Só dez por cento é mentira, longa documentário de Pedro Cesar;
20h00- Nesta data querida, curta-metragem de Julia Rezende;
20h15- Olhos Azuis, de José Joffily


Quarta-feira, 15 de julho
10h00- Debate com as Equipes dos Filmes;
15h00- Debate - Perspectivas do Mercado Cinematográfico;
16h00- Mostra Paralela - Se Eu Fosse Você 2;
18h00- Capoeira, curta regional de Matheus Oliveira;
18h15- Herbert de Perto, documentário de Roberto Berliner e Pedro Bronz;
20h00- Timing, curta-metragem de Amir Admoni;
20h15- Antes que o Mundo Acabe, de Ana Luiza Azevedo


Quinta-feira, 16 de julho (Evento fechado para convidados)
10h00 -Debate com as Equipes dos Filmes;
19h00 -Cerimônia de Encerramento;

Homenagem ao Diretor Daniel Filho;

Tempo de Paz, longa-metragem de Daniel Filho;

Entrega dos Prêmios do II Festival Paulínia de Cinema;
23h00 -Show de Encerramento com Os Paralamas do Sucesso


Sexta-feira, 17 de julho (Gratuito)
21h00 -Show com Os Paralamas do Sucesso (Sambódromo)